Felipe Cavalcante da Costa
O primeiro
grupo de manifestantes que se reuniu pedindo por eleições
presidenciais diretas no Brasil, o fez em 31 de março de 1983, na
cidade de Abreu de Lima, Pernambuco. Este grupo originou o movimento
“Diretas Já”. Não eram mais do que cem pessoas, pois
havia entre a população o temor de que pudesse haver retaliações
dos militares. Contudo, o movimento cresceu e se espalhou por todo o
Brasil reunindo lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantis
e jornalísticas.
Em janeiro de 1985 foi eleito indiretamente o primeiro presidente
pós-Regime Militar, Tancredo Neves. Infelizmente, Tancredo faleceu
antes de assumir o cargo. Sarney assumiu o cargo deixado por ele. Seu
governo foi marcado pela hiperinflação e instabilidade da moeda.
Foi durante seu governo que a Assembleia Constituinte promulgou a
Constituição Brasileira de 1988, prevendo eleições diretas para
presidente, governadores e prefeitos e a independência dos três
poderes.
No final da
década de 90, os brasileiros, enfim, foram às urnas para escolher o
primeiro presidente pelo voto direto após o Regime Militar. Entre os
brasileiros havia a esperança de democraticamente escolher seu
presidente. No entanto, o presidente Collor sofreu processo de
impedimento por corrupção ativa junto a seu tesoureiro. Os
governos que sucederam Collor, a maioria antigos líderes do
movimento “Diretas Já”, não conseguiram cumprir as
expectativas da sociedade brasileira de fazer as devidas reformas tão
necessárias para o desenvolvimento do país. Alguns governantes
venderam estatais, outros foram acusados de corrupção passiva e
ativa. Em 2016, mais um presidente, a primeira mulher a assumir o
cargo, foi também impedida.
A classe
política caiu em completo descrédito. A organização GfK Verein
mediu a reputação de diferentes profissões no mundo em 27 países
e envolvendo 30 mil pesquisas. A constatação foi que apenas 6% dos
brasileiros indicaram confiar nos políticos. “O que fazer com
meu voto?”, se perguntam inúmeros brasileiros em mais um ano
eleitoral onde pairam dúvidas sobre candidatos novos e outros já
conhecidos da população.
O que isso tem
a ver com a fé cristã? O que a fé cristã tem a nos dizer nesse
momento de grande desesperança política? Este é o tema do debate em 30/06/18, às 16 horas.
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