Alicia
e suas crianças vivem em uma área pobre no centro de uma grande
metrópole norte-americana. Aos 16 anos engravidou, largou a escola e
passou a viver do auxílio do estado. É mãe de 5 crianças de 3
diferentes pais – e nenhum deles vivem com a criança que gerou.
Ela tenta criar suas crianças em um meio social caracterizado por
violência crescente, uso disseminado de drogas, sem escolas
descentes, altos índices de desemprego e de gravidez na
adolescência, sem modelos saudáveis de liderança – e tem poucas
habilidades, poucas conexões sociais e não conta com um companheiro
para ajudá-la.
Ela
se encontra em uma armadilha: não há empregos com salário decente
para quem não tem escolaridade; cada vez que consegue uma verba
extra, o auxílio público é reduzido na mesma quantidade; os
programas oficiais de recolocação são confusos e os funcionários
públicos pouco interessados em colaborar; algumas questões na lida
com suas crianças dificulta a permanência em um emprego; e, por
fim, ela se sente inferiorizada e inadequada.
O
que temos neste caso?
Uma
visão distorcida de si mesma, como pessoa sem valor – quando as
Escrituras lhe dão o mesmo valor, como pessoa humana, que qualquer
um dos apóstolos. E a maternidade, em guetos semelhantes ao que
Alicia mora, é uma das poucas formas de buscar reconhecimento do
valor pessoal...
Uma
visão distorcida da realidade, que enxerga a pobreza como sendo
consequência única e exclusivamente do pecado individual.
Uma
visão distorcida do próximo, onde viver em um gueto com altos
níveis de violência gera um entendimento pessoal de que a vida
humana (a pessoal e a do próximo) nada vale.
Uma
visão distorcida da graça de Deus, pois os mecanismos propostos
para resgatar Alícia e os demais da pobreza simplesmente não
funcionam. Que Deus seria este?
O
que seria um auxílio efetivo nesta situação?
Veja
na próxima semana.
[adaptado
do livro When helping hurts]
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