quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ajudando o pobre: avaliando o auxílio em um caso concreto


Alicia e suas crianças vivem em uma área pobre no centro de uma grande metrópole norte-americana. Aos 16 anos engravidou, largou a escola e passou a viver do auxílio do estado. É mãe de 5 crianças de 3 diferentes pais – e nenhum deles vivem com a criança que gerou. Ela tenta criar suas crianças em um meio social caracterizado por violência crescente, uso disseminado de drogas, sem escolas descentes, altos índices de desemprego e de gravidez na adolescência, sem modelos saudáveis de liderança – e tem poucas habilidades, poucas conexões sociais e não conta com um companheiro para ajudá-la.

Ela se encontra em uma armadilha: não há empregos com salário decente para quem não tem escolaridade; cada vez que consegue uma verba extra, o auxílio público é reduzido na mesma quantidade; os programas oficiais de recolocação são confusos e os funcionários públicos pouco interessados em colaborar; algumas questões na lida com suas crianças dificulta a permanência em um emprego; e, por fim, ela se sente inferiorizada e inadequada.

O que temos neste caso?

Uma visão distorcida de si mesma, como pessoa sem valor – quando as Escrituras lhe dão o mesmo valor, como pessoa humana, que qualquer um dos apóstolos. E a maternidade, em guetos semelhantes ao que Alicia mora, é uma das poucas formas de buscar reconhecimento do valor pessoal...

Uma visão distorcida da realidade, que enxerga a pobreza como sendo consequência única e exclusivamente do pecado individual.

Uma visão distorcida do próximo, onde viver em um gueto com altos níveis de violência gera um entendimento pessoal de que a vida humana (a pessoal e a do próximo) nada vale.

Uma visão distorcida da graça de Deus, pois os mecanismos propostos para resgatar Alícia e os demais da pobreza simplesmente não funcionam. Que Deus seria este?

O que seria um auxílio efetivo nesta situação?

Veja na próxima semana.

[adaptado do livro When helping hurts]

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