A atual crise financeira tem fechado diversos negócios, principalmente os pequenos, deixando centenas de pessoas sem condições financeiras para seu sustento.
Aparentemente os dois grupos acima necessitam dos mesmos bens materiais e os mesmos recursos. Mas uma análise mais fria verifica que as necessidades são bem diferentes, e o auxílio necessário também. Perceber as diferenças é um passo importante para não machucar aquele que buscamos auxiliar durante nosso
socorro. Um dos maiores erros que as grandes igrejas cometem é não discernir qual atuação é a necessária.
O que determinada situação pede: alívio, reabilitação ou desenvolvimento?
Alívio: é o fornecimento de recursos para uma situação emergencial, que é urgente e temporária. Seu objetivo é reduzir o sofrimento imediato resultante de uma catástrofe ambiental ou humanamente produzida. O ponto chave da situação de alívio é que o necessitado não tem condições ele mesmo de resolver a situação emergencial e imediata.
Reabilitação: no caso de Xanxerê, é a etapa seguinte à do alívio. Seu objetivo é retomar a situação pré-crise, principalmente em seus aspectos positivos. É um trabalho dinâmico com as vítimas.
Desenvolvimento: a terceira etapa, que envolve ajudadores e ajudados. Diferente da reabilitação, onde o ajudado recebe, na fase do
desenvolvimento ambos estão em busca, conjuntamente, em suporte mútuo,
de reconstruir o relacionamento com Deus, com o próximo, com a criação e
com eles mesmos. É a etapa que nos lembra o conceito amplo de pobreza
com o qual temos trabalhado nas últimas semanas. As duas primeira buscam
o alívio econômico e a restauração das condições de sobrevivência
prévias; a última reconhece que somente o aspecto econômico e as
relações sociais não são suficientes para a erradicação da pobreza e
para a plena realização do ser humano.
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