quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Saúde mental de agentes penitenciários de um presídio catarinense

 Aline Bonez Elisamara Dal Moro Scheila Beatriz Sehnem
 
Resumo

A segurança é um dos temas de grande relevância para a sociedade, sendo, o sistema prisional, um dos órgãos públicos que devem empreender esforço para mantê-la. O agente prisional é o profissional responsável pela segurança interna de um presídio e pela ordem entre os presos, desempenhando uma função de alto risco, uma vez que estão em contato direto com detentos e expostos a diversas situações geradoras de estresse. Sendo assim, esta pesquisa objetiva descrever as variáveis que interferem na saúde mental dos agentes penitenciários, envolvendo o perfil sociodemográfico, as condições de saúde mental e os níveis de estresse desses profissionais; tais dados foram obtidos mediante Escalas Beck, ISSL e um questionário semiestruturado elaborado pelas pesquisadoras. Participaram da pesquisa 19 sujeitos entre 22 e 69 anos de idade, com prevalência do sexo masculino e escolaridade considerada alta, uma vez que 21,05% dos sujeitos concluíram o ensino médio, 21,05% apresentavam ensino superior incompleto e 21,05% ensino superior completo. Os dados revelam que 100% dos sujeitos não possuem desesperança e depressão, não havendo ideação suicida, 5,26% apresentam grau mínimo de ansiedade e 31,57% se encontram na fase de resistência do estresse. Segundo os resultados obtidos nesta pesquisa, percebe-se que esses agentes penitenciários possuem condições de saúde mental relativamente boas; isso talvez possa ser explicado pelo fato de os rofissionais entrevistados possuírem tempo de serviço considerado baixo — 21,05% dos sujeitos possuem tempo de serviço inferior a um ano e 42,10% entre um e cinco anos.
 

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