COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO:
O
autor pontua algumas questões que merecem ser refletidas:
-
drogas também se comparam a alimentos quando vistas pela perspectiva
do simbólico
-
também se comparam quando analisadas pela ótica do benefício
oferecido: a primeira mata a fome, sustenta a vida biológica; a
segunda, traz alívio para as dores, para a insônia e diversos
males; pode trazer momentos de descontração e, até mesmo, enlevo
espiritual
-
a definição do que é abuso, do que é vício, não é simples,
devendo ser individualizada, inclusive culturalmente
-
genericamente falando, a abstinência forçada é antidemocrática,
e totalitária. Eu acrescentaria Que,
no mundo ideal, seria uma atitude infantilizadora, inimiga dos
crescimentos pessoal e coletivo
Por
outro lado, é necessário que algumas distinções sejam efetuadas.
Existe
verdadeira autonomia no uso de substâncias psicoativas indutoras de
adição compulsória (ou seja, por mecanismos que não passam pela
minha consciência, necessito sempre de consumir determinada
substância para evitar sintomas somáticos - no meu corpo) como o
crack? É razoável propor temperança no uso destas substâncias,
comparando-as ao álcool ou à maconha?
O
critério para se definir saúde (e, por extensão, aquilo que é
saudável não deverá levar em conta o papel social do indivíduo,
já que enquanto seres humanos somos obrigatoriamente sociais? O
direito pessoal de autonomia deverá ser absoluto sobre o dever para
com o próximo? Antecipadamente deixo claro que recuso a definição
da OMS sobre saúde.
Eduardo Ribeiro Mundim
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